
Nasci e cresci como uma verdadeira “guria de apartamento”, sem contato direto com o agronegócio. No entanto, em 2006, tudo começou a mudar quando fui convidada a palestrar para um grupo de mulheres do campo. A palestra era sobre autocuidado, mas o que mais me impactou foi a força e resiliência daquelas mulheres. Elas me inspiraram profundamente, e foi ali que comecei a nutrir um genuíno interesse em entender o mundo delas.
Logo depois, fui chamada por uma empresa para implantar processos de Gerência de Pessoas seguindo o modelo de uma multinacional. Foi nesse momento que percebi que minha trajetória profissional estava mudando, e o agro se tornaria parte integral da minha vida. Com o tempo, me adaptei e passei a viver essa realidade mais de perto. Orgulhosamente, me tornei uma produtora rural.
Esse novo caminho me ensinou lições valiosas: aprendi a paciência de esperar a colheita, a resiliência para enfrentar os desafios da terra, e até a dirigir uma caminhonete! Hoje, negocio grãos e insumos, e percebo que todas essas experiências me tornaram mais forte, tanto pessoal quanto profissionalmente.
Meu trabalho no agro vai além de técnicas de liderança; envolve um profundo respeito e uma conexão emocional com a terra e com as pessoas que dela vivem. Acredito que, ao unir ciência e prática, podemos transformar o campo e preparar líderes que façam a diferença nesse setor vital para o Brasil.